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Foto do escritorSindisep/RJ

13 de Maio e a história não contada da Abolição da Escravatura.

Nascido Francisco José do Nascimento, chamado de Chico da Matilde por carinho e lembrança da mãe, tornou-se lenda como o Dragão do Mar de Aracati, quando marchou com um grupo de jangadeiros no porto da capital da província do Ceará rumo a um greve, em 30 de agosto 1881, parando o embarque de mercadorias e se recusando a transportar negros escravizados para serem vendidos em outras províncias.

Representação do Dragão do Mar entre jangadas.

O movimento grevista foi longo e enfrentou resistência das autoridades da província, mas comprova que apenas a luta conquista. Conseguem a "abolição dos escravos da Vila do Acarape foi seguida por uma série de movimentos abolicionistas que fez com que em 25 de março de 1884 fosse abolida a escravidão em toda a província do Ceará. Após essa data, a província do Ceará se tornou uma referência nacional em relação a abolição, e os integrantes dos movimentos abolicionistas cearenses foram convidados a se reunir no Rio de Janeiro para falar sobre a abolição da escravidão na província do Ceará, e foi nesse momento que o Chico da Matilde ficou conhecido como o Dragão do Mar e a província do Ceará ficou conhecida como Terra da Luz".


Se é verdade que só quem luta, conquista, também é verdade que o exemplo arrasta. Por isso, seguindo o exemplo dos jangadeiros, em 1883, os "catraieiros" do Amazonas, que desempenhavam a mesma função dos contemporâneos cearenses, ligando o cais do porto aos navios com suas pequenas embarcações. A sua greve paralisou o transporte dos negros escravizados e inviabilizou o tráfico que os enviava do Norte a outras regiões do país, em especial para as lavouras do Sudeste.


Assim, tanto cearenses quanto amazonenses conquistaram a abolição da escravidão em 1884, ou seja, quatro anos antes da assinatura da Lei Áurea em 13 de maio de 1888. Infelizmente, a história oficial prestigia o suposto "ato de bondade" da Princesa Isabel, enquanto "esquece" as lutas populares que forçaram a Império a abolir a abominação que era a escravidão.


Agora, o governo Bolsonaro tenta reescrever a história e por de lado os séculos de abuso e preconceito ao qual o povo preto foi submetido no Brasil, heranças malditas da escravidão e do preconceito. Criminaliza movimentos populares e de trabalhadores, enquanto agrada os ricos e poderosos. Pior, quer "reformar" a Previdência Social para, na prática, extingui-la, fazendo que o povo trabalhe até a morte, tal qual uma revogação tácita da Lei dos Sexagenários.


Só a luta conquista, então vamos à ela!


Não a Reforma da Previdência.


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