Dirigentes da Condsef criticam proposta do governo que diferencia reajustes para servidores públicos
Durante a mesa de negociação realizada na última terça-feira (30/04), o governo federal, através do MGI, apresentou proposta de reajuste salarial para os servidores públicos do Plano Geral de Carreiras e Cargos (PGPE), das PECS e da ATA, além do Plano Especial de Titulação (PST).
A proposta é inaceitável e prevê reajustes diferenciados entre os níveis hierárquicos, consolidando a intenção do governo de "estratificar" a categoria, aumentando ainda mais as distorções salariais entre os servidores públicos.
Proposta patronal de reajuste:
Nível intermediário e superior: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026;
Nível auxiliar: 9% divididos em duas parcelas de 4,5% (janeiro/2025 e maio/2026).
Reação é de revolta? A solução é greve!
A Condsef/Fenadsef repudiou a diferenciação de reajustes, considerando-a inaceitável e prejudicial à categoria;
Defende reajuste isonômico para todos os servidores, independente do nível hierárquico;
Ressalta que a média de reajuste para carreiras com vencimentos acima de R$ 20 mil reais supera 20% em muitos casos, enquanto servidores que recebem menos de R$ 5 mil reais receberão apenas 9%;
Afirma que a proposta consolida a intenção do governo de aumentar as desigualdades entre os servidores;
Critica a falta de negociação individualizada por setor, o que prejudica, sobremaneira, os trabalhadores da Cultura, que até agora não tiveram mesa de negociação própria.
O movimento apontou como urgente a criação de programa para aliviar dívidas com empréstimos consignados ("Desenrola Servidores"), como forma de estancar o problema do endividamento dos servidores com menores remunerações.
Próximos passos são claros, precisamos ampliar a mobilização da categoria para pressionar o governo por melhores reajustes e tratamento isonômico. A Condsef e os trabalhadores da base aguardam oficialização da proposta para submetê-la à categoria.
A proposta do governo gerou forte insatisfação entre os servidores públicos, seguindo a lógica do liberalismo, do ajuste fiscal, do corte de gastos as custas dos trabalhadores, como faria um governo de centro-direita, deixando cada vez mais claro que a lógica da conciliação de interesses inconciliáveis só traz prejuízos à classe trabalhadora.
Nem um passo atrás, nenhum direito a menos!
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