ÁGUA É DIREITO, NÃO MERCADORIA!
- Sindisep/RJ
- 29 de dez. de 2020
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No meio das festas de final de ano, o governador em exercício do Rio de Janeiro, Claudio Castro, deu de presente para especuladores e rentistas o anúncio da privatização do abastecimento de água de grande parte do Estado do Rio de Janeiro.
O esquema foi debatido com o Jair Bolsonaro e seu banqueiro, Paulo Guedes, que apontaram o fatiamento como a melhor solução. A CEDAE seguirá com a produção e empresas comprarão o direito de distribuir a água.
Na prática o modelo adotado inclui um atravessador, para atuar entre a CEDAE e o consumidor. A inclusão de mais um personagem no processo de abastecimento significa, obviamente, o encarecimento do fornecimento de água para o povo fluminense e, pior, a imposição de uma lógica na qual o acesso à água deixa de ser interpretado como um direito, corretado ao próprio direito à vida, e passa a ser um produto como qualquer outro, submetido a lógica de mercado, potencialmente prejudicial a comunidades pobres e a agricultura familiar.
A privatização, em sua síntese, significa vulnerabilizar o direito a vida dos mais vulneráveis, significa a exposição do Rio Guandu a uma aceleração de sua degradação ambiental, no afã de atender ao lucro das empresas que ganharem a concorrência pública.

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